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sábado, 21 de novembro de 2009

Atualização

Turma

A razão pela qual não estou atualizando o blog, é que não estou conseguindo retirar as fotos da minha câmera. Talvez seja um problema no cabo. Estou viabilizando através do cartão de memória, colocando-o em outra máquina. Logo-logo terei novidades!

Abraços

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O Remédio!

Na terça-feira, anteontem, cheguei em casa e encontrei um dos soldados morto. Com isso decidi executar uma idéia que eu estava exitando em fazer, para não colocar em risco a colônia, a rainha, etc. Coloquei numa vasilha um pouco de suco de acerola bem adocicado, e adcionei uma pequena quantidade de 'Aqualife', um fungicida e parasiticida para peixes ornamentais. Cada 100 ml do produto contém: 0,45g de Acriflavina, espero que o produto mate apenas o fungo e não a bactéria Blochmannia, seu endossimbionte que sintetiza aminoácidos. Nesta foto as primeiras formigas que se aproximaram começaram a coletar o remédio.


Vejam que maravilha o abdômen deste soldado repleto de suco com fungicida.


De boca em boca o remédio foi espalhado entre todos os membros da colônia, somente a rainha não recebeu uma dose da comida com fungicida. Estranho, não? Normalmente a rainha é uma das primeiras a receber o alimento disponível.

Nesta foto vemos todos os indivíduos da colônia. O fungo foi devastador!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O retorno das caçadoras!

As formigas estão, aparentemente, bastante saudáveis. As mortes pararam e elas começaram a caçar novamente.

Aqui você vê 3 soldados devorando uma mosca. Em muito pouco tempo o único sinal da mosca era um pó preto e uma asa.

Nesta foto você vê 3 soldados devorando um filhote de lacraia que acabaram de caçar. Espero que esta demonstração de força seja um sinal de saúde. De que o fungo foi erradicado, não infesta mais a colônia.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

A Peste!

Uma doença fatal se espalhou pelo formigueiro. As formigas morreram de forma massiva e demonstravam uns sintomas estranhos como perda da coordenação motora, não conseguiam andar de forma uniforme, mas aos tropeços e não escalavam mais as paredes do ambiente, assim aquelas que chegavam na caixa de forragem morriam lá mesmo, já que chegavam meio agonizando. Primeiro achei que era algo na alimentação, mas depois percebi que toda formiga que morria, desenvolvia sobre o corpo um fungo amarelo.



Não há nenhuma cultura de fungo (mofo) generalizada no formicário, que justificasse tantas mortes no formicário, no entanto imagino que os pontos onde elas acumularam o lixo, são focos dos esporos deste mofo amarelo que ataca o corpo morto das formigas. Outra coisa interessante é que este mofo não aparece na comida velha que fica na caixa, antes de ser descartada.



Assim não tive outra escolha senão transferir toda a colônia pra outro formicário, rezando para que elas não levassem em si mesmas esporos do fungo para o novo ambiente. Deixei o velho destampado para que elas se mudassem para a caixa de forragem, mas elas não se abalaram com a luminosidade. Assim, ontem, decidi muda-las a mão, uma a uma. O formicário velho foi pro lixo.



No formicário novo elas parecem melhor e já estão coletando alimento, coisa que ultimamente quase não faziam. Esta operária está coletando mel com polivitamínico.



O novo formicário ficou muito interessante, com bastante câmaras!



E o acabamento envolvido na vasilha plástica deixou o aspecto final muito legal.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Sucesso!

A conexão do formigueiro com a caixa de comida descolou parcialmente, com isso as Pheidoles conseguiram invadir o formigueiro da Camponotus, pela passagem oportuna. Infelizmente não pude registrar em fotos o momento do ataque, mas aqui está o resultado: Vêem este pó preto na foto? Foi o que sobrou das invasoras. Apesar das Pheidoles serem bastante vorazes e agressivas as Camponotus eliminaram cada uma das invasoras que furaram o cerco das guardas. Talvez as inimigas pensem duas vezes, de agora em diante, antes de planejar enfrentar as donas do formigueiro.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

A Invasão

Estive percebendo, já faz algum tempo, uma movimentação de formigas Pheidoles ao redor do formicário das Camponotus. Como o formicário é hermeticamente fechado não me preocupei muito com o fato. Mas um dia destes surpreendi as pheidoles tentando forçar uma entrada através da brecha entre o vidro e o gesso. Um destacamento de soldados camponotus rapidamente foi enviado ao local de possível acesso das inimigas para erradicar a idéia de invasão.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

E a produção de larvas continua

A produção de larvas, como vocês podem verificar, continua de vento em popa. O número de indivíduos já está num nível que é impossível de ser verificado. Mal posso esperar para ver os alados nascerem, que são os machos e as princesas. Quando estes nascerem a sociedade da camponotus sp aqui registrada estará completa.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Ração de peixes

Finalmente as formigas aceitaram uma ração de peixes de alta qualidade como alimento. Eu já tinha tentado oferecer antes, mas elas não se interessaram. Pensei na ração como uma estratégia prática para fornecer a quantidade semanal de proteína necessária, e além de ter uma quantidade muito boa de proteína, a ração é enriquecida com vitaminas e minerais. Vamos ver os resultados.



Elas coletaram a ração na caixa de forragem e estocaram separado dos ovos, o que é interessante já que antes toda comida que entrava no formigueiro, primeiro ia para a câmara do ovos.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Coletando proteína

As formigas carregaram uma mosca que coloquei na caixa de forragem, e assim que chegaram ao interior do formigueiro começaram o processo de cortar, absorver, armazenar e/ou digerir.

De mãe a fiscal!

Apesar de que a rainha continua exercendo o seu papel na colônia, hoje ela conta com inúmeras enfermeiras para cuidar dos ovos e das larvas. Ela praticamente foi reduzida a uma máquina de pôr ovos, enquanto todo trabalho duro é feito pelas enfermeiras e operárias, na maioria das vezes.

Também cresceu o Lixão

Com a quantidade de indivíduos triplicando a cada dia, triplica-se também a quantidade de lixo que as formigas produzem. Eis um exemplo do efeito da superpopulação mundial no planeta. Um dos papéis principais do design é solucionar este problema. As formigas de maneira bastante organizada localiza este depósito de lixo num recanto bem diastante do centro das atividades da colônia. Todo o resto do formigueiro é extremamente limpo.

Quase toda colônia

Aqui vemos o quanto a colônia se desenvolveu!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Nascem os Soldados!

Hoje nasceram mais 2 soldados. Cresce o contingente militar da colônia. Aqui temos a imagem de um que tem poucas horas de vida. Vejam que as suas cores ainda estão bem claras.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Close-up

Close-up de uma operária recém-nascida. A foto podia ser melhor, mas ela não parava quieta. Assim teve que ser na oportunidade.

Entrega fast-food

E aqui 4 operárias alimentam umas as outras. Perceba que o abdômen de cada uma delas está cheio de comida. No entanto a necessidade de doar ainda se faz presente.

Entrega do alimento

Uma vez de volta ao formigueiro as operárias começam a distribuir o alimento. Neste caso aqui a primeira a receber foi uma recém-nascida. Note a coloração da mesma, distinta das outras mais velhas.

Mel, polivitamínicos e geléia real.

A camponotus, como toda formiga, envia uma batedora para procurar uma nova fonte de alimento. Quando esta encontra a fonte, volta ao formigueiro deixando uma trilha de feromônio para que as operárias possam encontrar a comida.

As formigas bebem vorazmente a mistura do título. Em questão de minutos a pequena poça desapareceu devido a rotatividade das coletoras. Parte deste alimento será digerido no estômago verdadeiro, e a outra parte, como já evidenciado anteriormente, será estocado no reservatório ou papo, para ser carregado para o interior do ninho e ser oferecido àquelas que lá estão.

Na lata de lixo 2

Nesta foto está o registro de algo interessante. Neste dia fui colocar comida para as formigas e vi estranhos amontoados de detritos dentro do formigueiro, formados por: Cabelo, semente de alpiste, bolo de linha, etc. Como obviamente eu não coloquei nada disso na caixa de forragem, ficou evidente que as formigas haviam, de alguma maneira, saido do formigueiro. Dei uma checada em toda parte externa da estrutura e percebi que a gase que tampa um dos buracos para ventilação tinha caído. Assim elas tiveram acesso ao exterior, exploraram e coletaram pela sala depois voltaram. Neste dia tinha apenas 28 formigas na população do formigueiro... contei e as 28 estavam lá.

Cupim

Operárias comendo uma rainha de cupim para absorverem a quantidade semanal de proteína, necessária para o desenvolvimento da rainha e das larvas.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Toda a família

Aqui vemos quase que 90% da colônia. Algumas, que não estão na foto, estavam na caixa de forragem coletando comida.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Primeiro Soldado

Nasceu o primeiro soldado e uma de suas irmãs o alimenta. As formigas soldado são responsáveis pela proteção do ninho, impedindo a invasão do mesmo por intrusos ou predadores. Por isso esta casta possui o corpo mais robusto e mandíbulas maiores, que são usadas como armas. Além de esguichar o ácido fórmico estes soldados também costumam agarrar-se ao inimigo ou presa, esfregando o abdômen por onde o ácido fórmico é secretado, matando a vítima por envenenamento.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

O ato de alimentar-se e alimentar

Uma irmã alimenta a outra com o alimento que a mesma traz dentro do seu reservatório. Elas trasportam o alimento pra dentro do formigueiro, utilizando este reservatório que as mesmas possuem dentro do abdômen, como um segundo estômago. A julgar pelo tamanho dos abdômens, a da direita está alimentando a da esquerda.

Comendo

Três irmãs comem uma rainha de cupim. Um dia destes de chuva a lâmpada da varanda estava cheia de cupins voando ao redor. Coletei uma quantidade enorme e congelei. Agora estou oferecendo os mesmos aos poucos às formigas, como fonte extra de proteína. Estes insetos não poderiam ser digeridos sem a presença da glândula posfaríngea. A glândula posfaríngea só foi identificada, até hoje, nas formigas. Esta glândula produz e armazena lipídios (gorduras), secretam enzimas digestoras, produzem feromônios e misturam as substâncias que são digeridas para que assim as formigas passem a exalar o odor da colônia (o reconhecimento mútuo).

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O berçário

A quantidade de ovos e larvas cresceu e assim os cuidados das irmãs também. Vejam os montinhos de ovos e algumas larvinhas. As larvas necessitam de uma dieta rica em proteínas, já que estão em franco crescimento. Os adultos já não precisam de tanta proteína, sua dieta é composta de, basicamente, carboidratos.

O dia do caçador

É incrível o que um borrifo de ácido é capaz de fazer. A formiga posiciona seu abdômen para frente e libera o jato letal que contém ácido fórmico. Após receber vários destes borrifos a mosca começa a cambalear e fica a mercê da caçadora. Não imaginei que estas formigas possuissem tal aparelhamento de caça. O ácido fórmico é utilizado como arma por muitas espécies de formigas, como a nossa camponotus aqui representada, no entanto a maioria delas fabrica um veneno a base de alcalóides e peptídeos que quando aplicados às suas presas tem um efeito paralizante.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

No depósito de lixo

Estas duas operárias estavam levando o lixo para o seu local adequado. Aqui elas reunem tanto as fezes como o resto da comida, mantendo todo o formigueiro em perfeitas condições de higiene. A glândula metapleural produz substâncias antissépticas que atuam como um excelente produto de limpeza do formigueiro, matando os microrganismos nocivos.

A família cresceu

Dêem uma olhada no desenvolvimento da colônia. O número de indivíduos aumentou: 14 operárias nascidas, fora os vários ovos e larvas.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Flagrante

Vejam as criminosas em ação. Por que não comeram a formiga ainda no estágio de larva?
A rainha parou de matar as operárias adotadas. Agora que a colônia conta com as enfermeiras, são elas que estão matando e comendo as quase irmãs.

No Formicário

As formigas mudaram para dentro do formigueiro. Nesta foto podemos ver uma larva com o abdômen bastante escuro, talvez seja um das larvas da outra rainha. Esperemos que ela venha nascer e crescer.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Configuração atual

Esta é a configuração atual da colônia: A rainha, três enfermeiras e vários ovos e larvas. Mas nenhuma das enfermeiras têm as características da outra rainha. Ou seja, o matricídio adotivo continua sendo executado pela rainha desta colônia.

Na caixa de forragem

Já as coloquei na caixa de forragem, onde elas coletarão no futuro os alimentos, que proverão o desenvolvimento da colônia. Como vocês podem ver esta caixa é conectada ao formigueiro por uma mangueira. É por ela que as formigas vão entrar no formigueiro e iniciar o processo de colonização do ambiente.

terça-feira, 24 de março de 2009

Cronos devora os seus filhos ;^)

Nasce a primeira operária!
Esta primeira operária mudará a rotina da rainha, pois iniciará o trabalho de coleta de alimento e água os quais encontrá na caixa de forragem. Cuidará dos ovos e das larvas, e também terá como mais uma de suas obrigações o cuidado e a alimentação da rainha, que até aqui estava se mantendo viva através da metabolização dos músculos de suas antigas asas, a fim de adquirir algum nutriente.

Aparentemente a rainha está comendo as operárias que originalmente não são suas filhas. Vi restos de pernas escuras no fundo da caixa!!! A questão é: Se ela agora está matando, por que antes as alimentou enquanto larvas? Já que os feromônios estranhos à rainha estavam presentes anteriormente de qualquer jeito. Os feromônios são substâncias químicas que são secretadas por animais de uma mesma espécie, com a finalidade de: marcar território, identificação de área, reconhecimento mútuo, distinção de sexo, etc. No caso das formigas o feromônio é produzido na Glândula de Dufour. Neste caso aqui o papel do feromônio como reconhecimento mútuo seria de fundamental importância.

sexta-feira, 20 de março de 2009

O experimento

Esta rainha de camponotus sp é bastante comum aqui na Bahia. No dia que a coletei capturei também duas camponotus bem maiores, de cabeça preta e corpo escuro, se assemelhando muito à Camponotus nigriceps. Todas as rainhas colocaram ovos ao mesmo tempo, e assim que estes chegaram ao estágio de larvas separei algumas das formigas escuras e maiores, e dei para esta que aqui vemos fotografada. Ela aceitou as larvas como se fossem suas e está cuidando bem. Vamos ver o que acontece quando todas as larvas nascerem... Sendo que algumas serão muito diferentes das outras. Na natureza não é comum ocorrer adoção de larvas, muito pelo contrário, uma vez que uma operária encontra uma larva de outro formigueiro... A mesma vira comida. Não foi o que aconteceu aqui.

Quando aparecem as primeiras larvas a rainha inicia um processo de produção de ovos tróficos, ou seja, ovos estéreis, e que por isso mesmo não desenvolverão sendo utilizados apenas para a alimentação das larvas.

quarta-feira, 18 de março de 2009

A Camponotus Sp

A camponotus é um gênero de formiga que ocorre em boa parte do mundo e é conhecida em muitos países como formiga-carpinteira, pelo fato comum destas formigas elegerem o interior de madeira podre como local ideal para seu ninho. Todas as formigas do gênero camponotus possui um obrigatório endosimbionte chamado de Blochmannia. Esta bactéria sintetiza aminoácidos essenciais e outros nutrientes para o excelente desenvolvimento da colônia.

DADOS TÉCNICOS:

Reino: Animalia;
Filo: Arthropoda;
Classe: Insecta;
Ordem: Hymenoptera;
Família: Formicidae;
Subfamília: Formicinae;
Gênero: Camponotus.


Habitat: Florestas onde a vegetação predominante é composta de árvores, madeira podre, etc. Hoje convivem conosco e tendem a fazer seus ninhos dentro de portas e janelas, bem como dentro de aparelhos eletrônicos.

Vôo nupcial durante o ano inteiro no nordeste do Brasil;
Alimentação: Mel, néctar, frutas e insetos.

Tamanho:
- Rainha: 1,6 - 1,8 cm.
- Macho: 1 cm.
- Operárias: 0,8 - 1,5 cm.